30/10/2020 Projeto Aristóteles: o segredo do Google para a produtividade

Nós já sabemos que ter uma equipe produtiva é uma das grandes preocupações de líderes e gestores. Na busca por resultados otimizados, é de extrema importância ir atrás de novos conhecimento, e nem o Google ficou de fora dessa busca.

Com esse intuito, em 2011, a gigante da tecnologia realizou o chamado Projeto Aristóteles, de onde tirou dados importantes que mudaram seus processos. A pesquisa feita para tornar seu time mais produtivo, se tornou muito valiosa e inspiradora para outras organizações do mundo todo. Entender o projeto pode fazer toda diferença no dia a dia de qualquer líder que deseja aumentar seus resultados.

Como o Projeto Aristóteles foi realizado?

Com a ideia de construir o time perfeito, o processo seria realizado com base nos dados que a empresa já vinha construindo há 10 anos. Ao longo desses anos, o Google gastou  milhões de dólares para entender o comportamento de seus colaboradores; desde as características comuns dos melhores gestores até quem tinha o hábito de almoçar acompanhado ou sozinho.

Para chegar a uma interpretação, primeiro os pesquisadores definiram o que é uma equipe. Em seguida, foi entender como a eficiência poderia ser contabilizada. Após muitas considerações, os pesquisadores chegaram na combinação de avaliações qualitativas e quantitativas, embasadas em quatro pontos:

- avaliação executiva da equipe;

- avaliação do líder;

- avaliação dos membros do time;

- desempenho de vendas do trimestre.

As pesquisas do projeto Aristóteles foram realizadas com grupos de 3 a 50 pessoas. 

O que foi percebido com a pesquisa?

Ao entender que a personalidade e, a falta ou existência de hábitos em comum entre os membros dos times não eram fatores determinantes para sua produtividade, os realizadores da pesquisa tiveram de seguir outros caminhos. Organização, espaço de fala de cada um e o formato das reuniões, foi o que se passou a ser estudado nas equipes.

Com as novas análises, os principais elementos notados para formar equipes mais produtivas e de alta performance, foi um mix de características que podem ser divididos em cinco temas:

- Segurança psicológica: esse foi um dos elementos mais importantes. Times com mais segurança psicológica, onde todos podiam participar e falar o quanto desejassem, não haviam muitas separações por hierarquias e todos se sentiam confortáveis em defender seus pontos e convencer os colegas;

- Confiabilidade: no Google, as equipes de alta performance tiveram alto grau de confiabilidade que os colegas iriam cumprir os suas demandas dentro do prazo e na qualidade desejada;

- Estrutura e clareza: percebeu-se a importância de definir os papéis e responsabilidades de cada um da equipe com clareza. Todos tinham conhecimento do que era esperado de suas contribuições e quais processos deveriam ser seguidos;

- Significado do trabalho: além de tudo, ainda percebeu-se do propósito para um trabalho realmente produtivo. É de extrema importância que cada membro do time dê um significado à sua atuação;

- Impacto do trabalho: a pesquisa ainda constatou que, para o aumento da produtividade de uma equipe, era valioso perceber que o trabalho realizado por cada um impactava diretamente na empresa. Nos melhores times, havia a percepção de que o trabalho, sendo individual ou em grupo, era de grande importância para resultados de mais êxito.

O que podemos aprender com o projeto?

A iniciativa do Google com o Projeto Aristóteles, foi crucial para mudar a maneira como é encarada a formação de equipes de alta performance. Os líderes e colaboradores estão interligados, e precisam de segurança psicológica para errar e assumir os riscos. Ao equilibrar os pontos apresentados pelo estudo, sua equipe se torna um time de sucesso.

O maior aprendizado com o Projeto é o entendimento de que o salário e seus benefícios são importantes, mas para uma maior produtividade, precisamos ir além. É necessário que o time sinta conforto e confiança em seus gestores.